O agronegócio é um dos setores mais importantes para a economia nacional.
Além dos alimentos produzidos, gera milhares de empregos diretos e indiretos e, ainda, arrecada um alto volume de impostos.
Porém, há várias situações que podem impactar de forma negativa a entrada de receitas no negócio, por exemplo:
- a variação de preços, os fatores climáticos (muita chuva ou seca) e a queda da demanda nacional ou internacional.
Além desses problemas, as falhas no planejamento financeiro e estratégico podem ocasionar crises e atingir em cheio seu negócio.
Esses fatores negativos, em casos críticos, levam as empresas do agronegócio a recorrerem aos pedidos de recuperação judicial.
O que é a recuperação judicial rural?
O objetivo da recuperação judicial rural é preservar as atividades da empresa, elaborando propostas razoáveis de pagamento dos credores com prazos e valores diferenciados.
- Exemplo: se o produtor rural tiver dívidas já vencidas ou a vencerem, com taxas de juros de 20% ao ano, pode ser que consiga pagar com juros de 10% ao ano, e em até 5 anos, assim, evitando perder todo o seu patrimônio e manter seu negócio em funcionamento.
A empresa rural precisa apresentar à Justiça toda a parte contábil, de produção, estoque, fluxo de caixa e outras informações importantes.
Além disso, mostrar como a empresa organizará as contas e sair do negativo para manter o negócio funcionando, preservando os empregos e a agroprodução.
Para entrar com o processo de recuperação judicial:
- o produtor rural precisa ter uma empresa registrada na Junta Comercial, no mínimo, há 2 anos;
- há alguns juízes (como em São Paulo) que permitem a recuperação judicial de produtores rurais com empresas com menos de 2 anos de registro, desde que comprovada a atividade rural há 2 anos ou mais.
Tem uma saída diferente da recuperação judicial?
Tem sim! As leis do agronegócio protegem o produtor, em especial, os problemas relacionados aos créditos rurais.
Por isso, é muito importante ter planejamento das finanças e analisar bem antes de fazer contratações ou negociações de créditos e financiamentos.
Após fazer todos os cálculos e a análise jurídica, você pode tentar a negociação direto com os credores, ou seja, quem lhe emprestou o dinheiro ou os insumos.
Assim, você evita cobranças e processos judiciais de execução de dívidas, além do processo de recuperação judicial, que é caro, demorado e gera muitos transtornos.